Adélia Laura de Jesus nasceu em 22 de fevereiro de 1953, no povoado de Patos I, município de Campo Formoso, Bahia. Filha de Estevão Amaro e Fulosina Laura, cresceu em meio à vida rural, aprendendo desde cedo o valor do trabalho árduo, da fé e da convivência comunitária. Casou-se com José Bento, já falecido, e juntos construíram uma família numerosa, com 14 filhos, que receberam dela e do esposo orientação, amor e disciplina. Dona Adélia tornou-se conhecida e respeitada não apenas pela força e dedicação como mãe, mas também pelo seu papel como pilar da comunidade de Patos I. Ao longo dos anos, acompanhou de perto as transformações do povoado, tornando-se uma verdadeira guardiã da história local. Sua memória abrangente e seu conhecimento sobre os acontecimentos, mudanças e tradições do lugar a colocam como referência entre moradores antigos e novos. Desde os primeiros passos do povoado até os dias atuais, Dona Adélia viu Patos I crescer, enfrentando desafios típicos da vida rural e participando ativamente da construção de sua identidade cultural e social.
Mesmo aposentada como trabalhadora rural, Dona Adélia continua ativa na vida econômica e social da comunidade, administrando o comércio deixado por seu esposo e mantendo-se presente nas atividades do povoado. Sua trajetória é marcada pela capacidade de conciliar família, trabalho e participação comunitária, sempre com serenidade e compromisso. Conhecida por sua generosidade, senso de responsabilidade e espírito acolhedor, Dona Adélia tornou-se exemplo de mulher batalhadora que enfrenta as dificuldades com coragem e mantém viva a tradição do sertão. Sua casa e seu comércio são espaços de convivência, onde familiares, vizinhos e amigos se encontram, fortalecendo os laços comunitários e perpetuando valores de solidariedade e respeito.
A história de Adélia Laura de Jesus reflete a experiência de muitas mulheres do sertão que, com determinação e amor à terra, constroem uma vida de trabalho, dedicação e contribuições significativas para o desenvolvimento social. O legado de Dona Adélia está não apenas nos filhos e no comércio que mantém, mas também na memória coletiva de Patos I, como símbolo de força, perseverança e participação comunitária, mostrando que a história de um povo também é escrita pelas mãos e pelo coração de mulheres como ela.